A Atenção Primária à Saúde (APS), também conhecida como Atenção Básica, é a porta de entrada dos pacientes para o setor de saúde. Por esse motivo, é imprescindível organizar minuciosamente as operações para que seja possível compreender a complexidade de cada caso e, assim, fazer os encaminhamentos adequados.
Neste conteúdo, explicaremos como implementar a APS de forma bem-sucedida e como as ferramentas inteligentes potencializam esse processo, tornando as decisões mais precisas e acelerando o fluxo de trabalho.
Conceito e princípios da Atenção Primária à Saúde
Esse primeiro nível de atenção em saúde se caracteriza por um conjunto de ações – individuais e coletivas – que visam promover o bem-estar dos pacientes desde o primeiro contato com as instituições. A prevenção de riscos, a agilidade nos diagnósticos e a efetividade dos tratamentos também fazem parte dos fundamentos da APS.
A Atenção Primária à Saúde enquanto porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) deve se orientar por princípios como universalidade, acessibilidade, continuidade do cuidado, integralidade da atenção e humanização dos atendimentos. Ou seja, a APS funciona como um filtro, que vai organizar as demandas do setor para que o fluxo de serviços se dê da maneira mais ágil e organizada possível.
Vamos ao resumo desses princípios:
- Primeiro contato: refere-se aos locais onde o paciente faz a primeira busca pelo serviço de saúde, compostos por pontos de atendimento acessíveis e capazes de acolher as demandas da população;
- Longitudinalidade: refere-se à relação em longo prazo que se estabelece entre os profissionais de saúde e os pacientes, a fim de conhecer a fundo as complexidades de cada caso e fazer os devidos encaminhamentos;
- Integralidade: refere-se à continuidade do atendimento, de modo que as necessidades de saúde de cada grupo de pacientes sejam atendidas de forma integral;
- Coordenação: refere-se à organização e estruturação dos dados dos atendimentos, a exemplo dos prontuários, históricos, encaminhamentos e avaliações médicas, etc.;
Como implementar Atenção Primária à Saúde
São diversos os benefícios da implementação adequada do setor de Atenção Primária à Saúde, incluindo a otimização dos recursos financeiros, a redução do uso inadequado das instalações e a diminuição dos índices de erros. Porém, para colocar a APS em prática, é preciso manter um fluxo de serviços muito bem estruturado, a começar pela contratação dos profissionais.
De acordo com as orientações da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), uma equipe de profissionais de APS deve ser multiprofissional e interdisciplinar. Isso significa que a composição mínima abrange ao menos um médico de família e um enfermeiro especialista em saúde da família. Outros colaboradores de nível superior, como fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais também podem compor o grupo.
A escolha dos profissionais depende das condições de saúde contempladas pela área de atuação da APS e das particularidades de cada projeto. Caso a Atenção Primária à Saúde de uma operadora inclua saúde bucal, por exemplo, então é necessário contar ainda com um cirurgião dentista no quadro de funcionários.
A organização dos fluxos de trabalho é outro ponto-chave na implementação da APS. A distribuição desses fluxos deve ser estratégica, desenhada a partir de um cronograma com funções detalhadas e com a indicação dos responsáveis por executar cada demanda. A organização e estruturação dos dados que abrangem esses processos também precisa ser muito criteriosa.
Nesse sentido, destacamos a necessidade de ter um bom suporte tecnológico para otimizar as tarefas de coleta e análise de dados na implementação da Atenção Primária à Saúde. As ferramentas inteligentes centralizam as informações e permitem uma atuação mais estratégica, baseada em estatísticas e livre de improvisos.
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Diferença entre APS e Atenção Secundária
Vimos que a Atenção Primária à Saúde é a porta de entrada para o SUS, o nível primário de atuação, que é constituído principalmente pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). As ações do setor priorizam a promoção saúde da comunidade por meio de medidas preventivas e encaminhamentos eficientes.
Os procedimentos contemplados pela APS incluem a realização de consultas e exames rotineiros, conduzidos por profissionais da medicina geral e familiar. Já na Atenção Secundária, os serviços são especializados, envolvendo áreas como pediatria, ortopedia, psiquiatria, ginecologia, entre outras especialidades médicas. As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) constituem esse setor.
APS no Brasil
O Sistema Único de Saúde (SUS) é a primeira referência que vem à mente quando se fala em Atenção Primária à Saúde no Brasil. O SUS é uma conquista garantida pela Constituição Federal de 1988, em seu artigo 196, por meio da Lei nº. 8.080/1990, e é o único sistema de saúde pública do mundo que atende mais de 190 milhões de pessoas.
Outro dado interessante que caracteriza a APS no Brasil é que 80% dos pacientes assistidos pelo SUS dependem exclusivamente desse serviço para receber qualquer tipo de atendimento de saúde. A criação do SUS se deu justamente para que a assistência de saúde de qualidade não ficasse restrita ao modelo privado ou de operadoras.
Ao longo do conteúdo, vimos que a centralização de informações e o tratamento adequado dos dados são aspectos primordiais na implementação da APS em qualquer tipo de instituição. Por isso, reforçamos a necessidade de praticar a cultura da transformação digital nos setores de Atenção Primária à Saúde para otimizar processos, reduzir custos e tornar as equipes mais produtivas.
Com softwares de armazenamento de dados e automação de tarefas, por exemplo, os colaboradores não ficarão sobrecarregados e poderão direcionar seus esforços para aquelas atividades nas quais o fator humano é imprescindível. Tudo isso garante uma APS mais ágil, efetiva e humanizada.
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