Desperdício de recursos financeiros e falta de humanização nos atendimentos são alguns problemas desencadeados pelo modelo de remuneração mais comum na saúde suplementar brasileira: o fee for service.
Esse formato de pagamento por serviço dificulta a relação entre as operadoras e instituições de saúde e não permite a entrega de valor para os pacientes, tendo em vista que o foco de atuação é na quantidade de procedimentos realizados, e não na medicina preventiva ou na experiência do paciente em si.
Neste conteúdo, vamos explicar como funciona esse modelo de remuneração e qual a melhor alternativa a essa prática. Continue a leitura e entenda por que uma gestão de saúde baseada em valor é mais interessante do que o fee for service.
O que é o modelo fee for service?
O fee for service é um modelo de negócios muito conhecido no Brasil e praticado há anos. Em tradução livre, a taxa por serviço em saúde representa o valor que é pago em cada procedimento e recurso utilizado no tratamento dos pacientes.
No entanto, embora seja um modelo útil em alguns pontos – como no gerenciamento de estoques, devido à listagem completa dos produtos/serviços em questão –, esse método compromete fatores centrais quanto ao cuidado centrado nos pacientes.
A solicitação de exames desnecessários – com o objetivo de obter lucro, por exemplo – é um dos agravantes que indicam uma aplicação inadequada do fee for service.
Mesmo que não haja fraudes, o uso dessa técnica desumaniza a experiência do paciente, uma vez que prioriza a quantidade de procedimentos em vez da qualidade da atenção prestada.
Quantidade versus qualidade
Embora no âmbito financeiro o fee for service pareça a alternativa mais lógica, esse formato de remuneração vem sendo discutido há algum tempo na área da saúde. Com a tendência da humanização dos atendimentos e o foco na experiência do paciente, o modelo de gestão de taxa por serviço não é mais tão atrativo.
Isso porque, nesse método convencional, a saúde do paciente acaba ficando em segundo plano para dar lugar às doenças em si, que são as grandes responsáveis pelo número exacerbado de procedimentos. Em outro ponto de vista, se fosse dada mais atenção às medidas preventivas, muitos procedimentos seriam evitados, poupando recursos e esforços desnecessários.
Como vimos, o fee for service prevê que os valores repassados das operadoras às instituições de saúde são embasados no total de procedimentos solicitados, e não com base na performance da instituição. Ou seja, a remuneração por quantidade de serviços abre brechas para que a qualidade dos procedimentos não seja priorizada.
Nesse sentido, podemos dizer que essa prática acaba sendo bastante nociva ao setor de saúde, tendo em vista que compromete os incentivos na busca por melhorias constantes nos serviços prestados. Em longo prazo, isso prejudica a promoção integral da saúde para a população em larga escala.
Então, qual a melhor alternativa?
O modelo de remuneração fee for service, por não priorizar a medicina preventiva e o foco em medidas que diminuam a sinistralidade, impacta não só na qualidade da assistência prestada ao paciente, mas pode afetar também o desfecho dos quadros clínicos. Por isso é tão importante se pensar em alternativas a essa forma tradicional de gestão.
O modelo de saúde baseada em valor é uma alternativa inteligente a essa lógica. Os recursos tecnológicos favorecem esse cenário, otimizando certos mecanismos para impulsionar a qualidade dos procedimentos. Assim, fica mais fácil direcionar o foco de atuação para melhorar a qualidade de vida e favorecer a experiência dos beneficiários.
Ou seja, se no modelo fee for service a experiência do paciente fica em segundo plano diante do volume de procedimentos, na gestão baseada em valor o grande pilar é o cuidado centrado no paciente. Nesse contexto, as ações preventivas e de promoção da saúde em larga escala ganham destaque.
Além de evitar desperdício de recursos com procedimentos desnecessários, esse formato ajuda a tornar os planos de saúde mais atrativos para o beneficiário. Outra vantagem do modelo baseado em valor é que a relação médico-paciente ganha em profundidade, o que acaba impulsionando também a geração de indicadores que vão retroalimentar os sistemas de gestão.
Nesse cenário, as ferramentas inteligentes têm um papel crucial, pois, como dissemos, viabilizam o modelo de saúde baseada em valor. Essas soluções são decisivas para que as instituições possam ganhar eficiência, agilidade e precisão nos processos, organizando a rotina hospitalar tanto em termos administrativos quanto na assistência ao paciente em si.
Um exemplo são os assistentes virtuais da Laura, que se utilizam da Inteligência Artificial (IA) para entregar aos beneficiários um atendimento de qualidade e humanizado de ponta a ponta.
O assistente clínico Laura Care é uma dessas ferramentas que aprimoram os processos de saúde. O software conta com três módulos de atendimento, os quais possibilitam escalar os serviços de Atenção Primária, promoção e prevenção à saúde por meio de mapeamento de perfil epidemiológico, coordenação de linhas de cuidado e pronto atendimento digital.
Tudo isso vem de encontro à proposta de gerar valor: conhecendo o perfil epidemiológico de sua carteira, a operadora de saúde pode oferecer serviços que estejam alinhados às necessidades de seus beneficiários, que, graças ao P.A. Digital, podem obter atendimento rápido e humanizado sem sair de casa, direto pelo celular.
As linhas de cuidado, por sua vez, personalizam o atendimento dos pacientes que possuem condições específicas de saúde (como diabetes ou hipertensão, por exemplo), e passam a ser monitorados de perto por uma Assistente Virtual.
Quer saber mais a respeito? Conheça a Inteligência Artificial da Laura e veja como a tecnologia auxilia na gestão de saúde baseada em valor!